O amor, tão belo, tão gigante, tão transformador...nem sei se de fato existe ou se o inventamos de modo tão encantador, tão sedutor.
Talvez inventamos o amor para nos fazermos cegos diante daquilo que é realidade demais para se ver, para se viver. Muitas vezes o amor inventado é a única companhia a nos distrair da solidão.
Talvez inventamos e persistimos na vida desse amor que geramos para acalentar e preencher nossas faltas. Todo mundo é receptor desse amor e ninguém o é. Muitas vezes nos convencemos que o pouco que o outro nos dá é o muito que precisamos, pois o amor nos seduz e nos planta no campo da ilusão.
Mas as vezes esses amores não compartilham da mesma ilusão e se distanciam, se separam, mas mesmo na separação o amor se nega a morrer, continua prezando pela vida que um dia lhe foi dada, preenchendo um ou todos do sentimento de pena...que pena.
"O amor é feito de mil e um pequenos nadas que são tudo, ou quase tudo."
Autor: | Margarida Rebelo Pinto |
Categoria: | Adulto |
Editora | Bertrand Brasil |
Publicação: | 2006 |
Fonte: | Link: https://www.infopedia.pt/$margarida-rebelo-pinto |
post de: Nan Lourenço
Escritora portuguesa, nascida em 1965, em Lisboa, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Moderna e dedicou-se à atividade jornalística, colaborando com jornais como O Independente, Diário de Notícias e Semanário, em publicações como Sete, Marie Claire e Elle e com a RTP. Também se dedicou à docência, dando aulas de Técnicas de Expressão Escrita na Universidade Independente e foi Relações Públicas de uma empresa multinacional.