Ler Clarice Lispector não é um momento relaxante onde se passa horas lendo sem preocupações, ler Clarice é parar em cada parágrafo e questionar se está se entendendo. É uma leitura extremamente prazerosa, mas há de se fazer disponível.
Neste livro diz não ser fácil escrever, pensa em sua história a ser contada, reflete sobre a falta percebendo que nada importa, que a insignificância do ser é a grande certeza.
Mas é preciso lutar com os próprios demônios para construir um outro, uma escrita, uma vida.
Aqui a construção é a da própria falta, que é o nada, a personagem principal nada sente, nada é. Ela é o que o outro determina e esse outro por ela não teve nenhum desejo, deixando-a vazia.
Mas podemos pensar que ser nada pode proporcionar uma grande liberdade de ser o que se quer.
E você, o que quer?
Autor: | Clarice Lispector |
Categoria: | Adulto |
Editora | Rocco |
Publicação: | 1977 |
Fonte: | Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clarice_Lispector |
post de: Nan Lourenço
Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector (em russo: Хая Пинхасовна Лиспектор; Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920, foi uma escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano. Quanto às suas identidades nacional e regional, declarava-se brasileira e pernambucana.